quinta-feira, 17 de março de 2011

Querida Junção, Um Copo Leva a Outro


Bem me quer, malmequer, pouco, nada ou muito?
Gostava eu de saber! Onde estas tu agora que preciso de ti?
Neste banco de rua tento abrir olhos e olhar sobre o escuro.
Invisível talvez, seja até morrer.
Nós somos amigos á muito tempo, já não sou uma novidade.
Espero que amanhã ou depois quando despertares digas que foi magnífico, inacreditável quase inesquecível.
Desculpa se encontro-me a mais, talvez errei!
Hoje tenho motivos para estar assim, sinto-me completamente derrotado aqui no meio do chão da cozinha eu insisto com o meu pensamento que tudo terminou.
Eu jurei que não viria a tua procura mais as minhas palavras perderam todo o sentido de lógica como tratassem-se de simples letras, sílabas, repetitas, gastas e transparentes.
Apenas, queria mostrar-te o paraíso mais talvez sejas demasiado perfeito para gostares do mesmo do que eu.
Não vamos pintar o mundo quando os sentimentos estão machados e em vias de extinção.
Antes da profecia Maia se realizar, quero que ligues o rádio, e imagines tudo o que poderias fazer, há sempre uma alternativa mesmo para os dias que chovem sem parar.
Haverá sempre alguém em alguma parte do mundo que espera e anseia por nós.
No silêncio da multidão onde a overdose de silêncio toma conta do meu corpo e consome cada célula, cada veia, cada artéria como se trata-se de uma serra possuída por um incêndio.
Custa muito ser um rei dono de muitas terras, um simples mendigo dono de nada e ser a mesma pessoa e quase pecado mortal!
Querida junção, um copo leva a outro...uma palavra a outra e assim vou escrevendo um desabafo de um louco, carente de tudo e ao mesmo tempo de absolutamente nada.



João M. Gonçalves

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