sábado, 28 de junho de 2014

Hoje Não Quero Razão

Sentir saudades é como morrer, eu nunca morri mas acho que por ti já morri infinitas vezes. 
Eu queria ouvir-te. Apenas nem que fosse um "morre" ou que sou uma "merda". 
Tu foste onde encontrei a felicidade, o meu farol no meio de cada tempestade as pedras da minha muralha.
Tenho imensas saudades da tua voz do teu sorriso de poder contar contigo sempre que estou em baixo como ao logo dessas semanas e não só. Em todos os dias o teu nome paira sobre a minha mente e muitas vezes dou por mim a chorar feito um idiota. 
Eras e serás sempre o lugar mais perto da perfeição que estive algumas vez na vida, mesmo todos falando que sou muito novo e bonito e que ainda vou apaixonar-me muitas vezes mas essa pessoa não serás tu. Não terá o teu olhar o teu sorriso as conversas parvas que tínhamos.
Eu dava a minha vida por ti e mesmo assim seria pouco.
Tu foste a manhã iluminando os meus dias. Tu foste o Eu.  
Tem chovido tanto aqui, parece que o inverno veio para ficar e deixar tudo numa catástrofe. Eu já morri mil vezes e cada dia volto a nascer e a morrer é o meu ciclo a minha rotina. 
Esquecer parece uma tarefa impossível quando se ama de verdade, eu luto imenso nesta batalha com todos os meus membros mas essa guerra entre eu e a minha mente nunca para e nunca a bandeira branca será erguida.  
Era uma vez duas pessoas que amavam-se e um dia uma acordou e a outra já não estava. Não fui o herói que salvou o seu grande amor em perigo, fui a pessoa que deixou tudo para trás, o cobarde. Eu sou a vergonha do mundo. 
A tua recordação ficou mesmo entre duas paralelas.  Tudo infelizmente terminou e apenas ficou saudades e um enorme vazio em todos os lugares que estou. Eu queria ter-te aqui. 
Hoje apenas tenho lembranças que cabem todas numa caixa guardadas. Foi assim os nossos destinos.
Eu nem sinto dor entre todas as feridas que vou conquistando no dia a dia. O sangue é a é areia dentro da minha ampulheta marcando o meu fim o meu intervalo entre a vida e a morte. 
Acho que já passei a fronteira da minha sanidade mental. 

João M. Gonçalves

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