sábado, 23 de abril de 2011

São Emoções que Louvam a Saudade

Se houvesse um terramoto aqui no planeta, eu penso que tu nunca correrias para salvar-me, porque és um ser egoísta, tu provavelmente desmaiarias só de ver o pânico estampando na terra e de ver os fragmentos dos corpos mutilados onde sempre habitas-te, o ardor do vomito te viria a garganta derivado a brisa possuir um cheiro da morte e da dor.
...
Claro que é tudo a minha imaginação a falar.
Queria descrever tudo o que sinto dentro de mim neste momento ou o que vejo espelhado em redor de mim é um simples facto que o mundo só vê os meus defeitos esculpidos no meu corpo.
Meu querido Salvador Dali hoje posso dizer-te que sou feliz, EU SOU FELIZ, que o mundo já não exerce uma pressão constante sobre mim, hoje já não sou a girafa em chamas.
As cores tornaram-se mais perfeitas mais nítidas bem mais vivas como a minha alma antes adormecida.
Hoje te posso dizer te com todas as letras e sílabas que esqueci tudo que encaminhava-me para a forca, já não quero sentir o sabor do veneno a queimar dentro de mim porque o meu corpo exalta de alegria e vida quero viver, sorrir, gritar, chorar, cantar, recordar a minha infância passada na quinta dos meus avos, etc.
Estou a ter neste preciso momento neste quarto simples, escuro e frio uma overdose de adrenalina, apetece-me correr no meio da chuva, sentir o vento a penetrar-me na pele, nadar nas águas frias e cristalinas da cascata, colher flores e dar as minhas varias amantes acompanhadas por belos poemas de amor, apetece-me ouvir Bach, Mozart ou Beethoveen em vez do comercial que é quase rotina.
Meu grande Dali as palavras são deprimentes quase banais e nazistas, hoje ouvi esta respostas teve o peso de um elefante caído sobre mim, sinto que as minhas palavras foram banidas do dicionário é humilhante quase mortífero é como a persistência da memoria a desvanecer é sobre tudo corrosivo e permanente, contudo como o tempo perde o seu valor hoje só sinto a saudade dos dias que marcaram a minha alma porque o teu nome e já esqueci.

João M. Gonçaves

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