sábado, 19 de fevereiro de 2011

Sem Título...Sem Vida E Sem Nada

Dorme meu pequeno mundo. Leve e insignificante como um átomo, ou pesado como uma vida.
No corredor da solidão tracei a lápis de cor duas linhas bem paralelas uma de cor verde outra de cor azul estas são as minhas cores verdadeiras no entanto assumem-se desfocadas...ou afinal, estarei apenas a viver um curto intervalo que separa a vida da morte?
Odeio os poetas, sim os odeio, eles me humilham quero que os matem a todos, que se dê a estição desta raça maldita. Eles não sabem o que dizem são como eu..
No fundo deste corredor existe uma escadaria em carvalho gasta pelo o tempo, recordações, memórias,etc.
Subo, degrau a degrau, coitados destes gemem, solução, cansados das vivenças, espreito pela janela através dos cortinado de renda de bilros.. a paisagem é mesma de a uns tempos atrás, parece tudo imóvel.
Folhas mortas dançam num constante vai e vem, como se tratasse de uma dança minimalista ou de um fado, imortalizado pela a voz da grande Amália.
Olho o mar numa tela perdida nas paredes da sala. Recordo com grande saudade o seu azul, calmo, quase intocável como o azeite.
Desejo ser mar com todas as minhas forças, nele nós portugueses partimos com a fama e gloria de irmos praticar a descoberta, com o propósito da colonização, luta-mos, destruímos o que não era nosso... sonhos, vidas, incutimos o que achávamos correcto nem perguntar mos se eles eram felizes , neste mesmo mar as almas afundam-se junto com a ganância dos homens.
O mar...traz, leva, destrói e dá, contudo continua perfeito, nele há a perfeição do mundo como eu vejo o belo nas mãos de um artista, moldando o desejo, o prazer de fazer arte e dar a sua vida em troca.
Quero ir além deste corredor, pular a janela e levar estas duas corres presentes no corredor da solidão. Mas no entanto continuo a desejar e anseio a morte dos poetas uma morte ao estilo de Vlad Draculae, arrepiante, dolorosa e macabra.
Matem os poetas, destruam tudo o que fala de amor e louvem quem sofre de males de amor estes sempre são os verdadeiros heróis.

João M. Gonçalves

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