terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Há Dias Assim....

Gostava as vezes de ser completamente ignorante de não ter noção do que realmente se passa a minha volta. Esquecer que há um mundo lá fora que espera algo de mim, como dizia a minha querida Florbela a maior musa da poesia de todos os tempos "eu quero desaprender, quero não saber, queria mesmo nem saber ler nem escrever a minha própria língua. Eu sei lá o que queria...".
Sinto-me cansado, mesmo muito cansado... talvez um pouco saturado não é fácil crescer e tornar-se num homem quando surgem tantos desafios. Todos os dias tormam se numa batalha. Nada parece estar bem aos meus olhos.
Dói-me todos os sentidos, a vida começa a pesar nas minhas costas. O medo devora-me a alma como uma trepadeira que soube e vai possuindo uma árvore, uma parede... as vezes vou recordando as pessoa que marcaram a minha vida. O que será feito delas?
Promessas continuam por cumprir fica a saudade a tristeza a recordação.
Tenho saudade de muita coisa... das discussões de acordar a chorar por ter tido um pesadelo e refugiar-me na cama da minha mãe.
Ai saudade, palavra gasta pelos poetas e amaldiçoada pelos amantes. Ai saudade, saudade...
O mundo continua a girar a grande velocidade e os ponteiros do relógio vão assinalando as horas, minutos, segundos, dias, meses, anos, décadas e a minha vida como mero ser mortal.

João M. Gonçalves

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